A terceira Sessão de Apresentação do livro “CARAS” AFH decorreu em “casa”, ou seja, na ilha do Faial, na noite desta sexta-feira, dia 28, tendo tido como palco o Polivalente da Casa do Povo dos Flamengos.

Nesta noite festiva, que teve como apresentador da Sessão Rui Rodrigues e como animador musical o artista Nuno Carneiro, o Presidente da Direcção da Associação de Futebol da Horta (AFH), Eduardo Pereira, recordou o nascimento e os objectivos deste projecto, que começou por ser divulgado nas redes sociais e culminou na edição deste livro.

O mais alto Representante da AFH enfatizou a importância deste trabalho no sentido de “tornar conhecida a actividade de todos estes homens e mulheres que dão corpo aos Órgãos Sociais desta instituição”, tendo destacado o empenho e dedicação do seu Vice-Presidente, Alberto Ventura – ausente por motivos de saúde – “a quem a Associação de Futebol da Horta muito deve”. De realçar que a intenção é dar continuidade a este projecto, visando trazer à luz do dia o Volume II logo que estejam reunidas as condições para tal. 



A animação musical da Sessão esteve a cargo de Nuno Carneiro

 

Eduardo Pereira frisou o papel destas entrevistas para o conhecimento da missão da AFH, “tendo cada um partilhado a sua perspectiva sobre o funcionamento deste organismo desportivo, o que no conjunto se torna muito enriquecedor”.

Na sua intervenção, este Dirigente referiu os projectos futuros, como a construção da nova Sede, Campo e Centro de Estágio a implantar na freguesia da Feteira, a edição dos livros que se encontram na calha, a realização da Gala deste ano nas Flores, tendo, ainda, abordado a sua recandidatura e o facto de apenas ter surgido uma lista ao acto eleitoral do próximo dia 05 de Junho. E, a propósito, rematou: “As críticas são uma realidade, mas depois não aparecem listas candidatas”.



Da esquerda para a direita: Dr. Bruno Leonardo, Director do Serviço de Desporto da Ilha do Faial; Dr. José Manuel Caldeira, Apresentador (e prefaciador) da obra; Dr. Costa Pereira, Presidente da Assembleia-Geral da AFH; Dr. Luís Botelho, Vice-Presidente da Câmara Municipal da Horta (em representação do Presidente José Leonardo Silva), a quem coube presidir e encerrar a Sessão; Eduardo Pereira, Presidente da AFH, que abriu a Sessão; André Goulart, co-Autor; e Cristina Silveira, co-Autora e Coordenadora do livro

 

O Presidente da Direcção da AFH manifestou o seu regozijo pela “satisfação gerada em todas as ilhas de abrangência da AFH no que toca à descentralização feita na apresentação deste livro”. A primeira Sessão aconteceu no Corvo, no dia 21 do corrente; a segunda nas Flores a 22; e a última acontece no Pico, no dia 29.

Focando as dificuldades que já existiam e, que, entretanto, “foram agravadas pelo contexto pandémico vivido”, o mais alto Responsável pelos destinos desta instituição afirmou que “o Futebol português assenta nos Clubes”, considerando que “a valorização dada não tem acompanhado a vertente financeira”. E acrescentou: “Na AFH, as nossas ilhas [Faial, Pico, Flores e Corvo] trabalham a diferentes velocidades. E isso está muito dependente da demografia de cada uma. No Corvo, por exemplo, poderíamos pensar que o índice de prática seria menor, mas a verdade é que há cerca de 70 federados e já tivemos mais de 80. Estamos a falar de números muito interessantes, sendo mesmo a maior percentagem no País! Já nas Flores, ilha com dois concelhos, tem havido grandes dificuldades devido à sangria populacional. Este é um cenário que tem de ser pensado”.

“É crucial chegarmos aos nossos Clubes, reconhecendo e valorizando o trabalho de todos eles, o que passa, também, pela visibilidade que este livro e os que se encontram em preparação pretendem dar. É nossa obrigação resgatar o passado e preservá-lo em livro”, frisou.

 

“Esta compilação deve servir para enaltecer a AFH (…)”




“Ainda bem que surgiu esta ideia e se prolongou no tempo. Desta maneira os peões do jogo, aqueles que passam despercebidos mas estão na Secretaria a tratar de toda a burocracia, aqueles que treinam e usam o seu tempo fora do horário laboral para estudar e se entregar à preparação de treinos e jogos; aqueles que estão nos bastidores e sem os quais não haveria quem brilhasse, vêem, assim, reconhecido o seu valor, a sua entrega e a sua dedicação”. Foi nestes termos que André Goulart, co-Autor desta obra se referiu à mesma, acrescentando: “Esta compilação deve servir para enaltecer a AFH e os seus Clubes, os seus Jogadores, Treinadores e demais Agentes Desportivos do Corvo, Faial, Flores e Pico. Deve servir para enaltecer o papel da AFH, directa ou indirectamente, na contribuição para a formação de jovens com espírito de equipa, superação, entrega e lealdade; para que adultos possam ter um espaço de prática desportiva e perpetuem este sentimento de comunidade, que só se sente quando estamos nas coisas. Para que as mulheres, através do desporto, também consigam afirmar-se na defesa da igualdade de género”.

 

O Faial “sempre liderou tudo o que ao futebol diz respeito (…)”

 

“(…) 4 ilhas uma paixão é um ‘slogan’ feliz, talvez apontando para a ideia de que o todo é mais do que a soma das partes e que a Associação de Futebol da Horta orgulha-se de ser uma una na sua diversidade. Esta é a Ilha que ao longo do tempo teve uma responsabilidade acrescida no futebol federado, não só porque foi pioneira mesmo nos Açores, como ainda sempre liderou tudo o que ao futebol diz respeito, resultado da centralidade administrativa da Associação de Futebol da Horta.

Esta liderança nem sempre foi bem vista, talvez porque a geografia era um ‘handicap’ e a comunicação, por via disso, mais difícil. O livro CARAS” AFH é um sinal inequívoco de que os tempos são outros, pois actualmente estamos a construir pontes que outrora eram impensáveis. Temos as tecnologias, sim, é verdade; temos mais conhecimentos, mas acima de tudo conhecemos mais e melhor os nossos parceiros, sem complexos de superioridade ou inferioridade, porque o que é importante é o que podemos alcançar juntos, até porque a nossa vontade é maior do que nós.



Esta é a Ilha [Faial] que ao longo do tempo teve uma responsabilidade acrescida no futebol federado”, salientou José Manuel Caldeira

 

Fotografias de: Bernardo Pereira

 

Só um verdadeiro sentido altruísta nos pode fazer ir mais longe, daí nos sensibilizar a afirmação de José Pinho, reputado massagista do nosso meio: “Gosto de fazer bem aos outros”. Às vezes, porém, são esses outros que nos criticam, mas Marco Silva, Presidente do Conselho de Arbitragem tem uma forma peculiar de lidar com a crítica: “Os insultos só magoam quando partem de alguém por quem temos consideração e respeito”. E é justamente pelo respeito que podemos trazer mais gente para o futebol: dirigentes, jogadores, árbitros e… mais mulheres… daí Susana Garcia acentuar: “É necessário mais senhoras na Direção e mais atletas femininas”. O certo é que o Presidente Eduardo Pereira vai mais longe: “Penso que as mulheres são a salvação do Futebol”.

Os desafios são, de facto, grandes, e pelas entrevistas “CARAS” AFH verifica-se alguma preocupação, em especial com a falta de uma Academia, de um Estádio e de uma nova Sede para a Associação, entre outros “sonhos”. Por isso, tem toda a razão Alberto Ventura quando diz: “Somos muito mais do que meramente uma associação desportiva”.

(…) a finalizar, cito (…) o Presidente Eduardo Pereira a propósito do livro “CARAS” AFH e de outas possíveis publicações: “Temos na calha a publicação de alguns livros. Esta vertente histórica, social e cultural do Futebol e do Futsal nas 4 ilhas, que se pretende trazer à memória e deixar devidamente registada, só por si já seria ambição suficiente para um novo mandato”. Muito bem, senhor Presidente! Não posso estar mais de acordo!

(…).

Foi um gosto e uma honra estar na Freguesia de José Silveira, o “Cacá”, e na ilha de Mário Lino, Joaquim Teixeira, o “Semilhas”, Manuel Bulcão, Tino Lima, Francisco José, Gaspar Neves e tantos outros… Aproveito para invocar com imenso respeito a figura histórica desta Associação, o Dr. Manuel Faria de Castro.

 

Bem hajam!

 

Flamengos, 28 de maio de 2021”

 

José Manuel Caldeira,

Apresentador e prefaciador do livro “CARAS” AFH


“Temos aqui uma obra muito bem elaborada, (…)”



Tudo o que é feito em prol da Associação de Futebol da Horta é feito em prol do Faial”,

frisou Luís Botelho    

Luís Botelho, Vice-Presidente da Câmara Municipal da Horta, em representação do Presidente José Leonardo Silva, começou precisamente por referir que era o Presidente quem devia estar nesta Sessão, atendendo a que ele “esteve mais ligado ao Desporto”. E realçou: “Não tanto como o Tino ou outros que o Apresentador elencou, mas também fez o seu lugar”.

Como sinal de que já se tinha familiarizado com a obra, o governante destacou precisamente o título do Prefácio, que diz: “O que não é divulgado não existe”, da autoria de Nelson Sousa, uma das “CARAS” AFH. “É fundamental desenvolver o trabalho, mas também é apresentá-lo. E este está feito de forma sublime”, assinalou, o Vice-Presidente camarário, que salientou: “Temos aqui uma obra muito bem elaborada, em que se percebe claramente a perspectiva de cada um dos entrevistados sobre a AFH e as suas dinâmicas. E podia ter sido contemplada apenas a parte directiva, mas também é a vertente administrativa, demonstrando que a presença das mulheres no Desporto não é limitativa”.

“A AFH tem um excelente desempenho nas ilhas onde está implantada”, enalteceu Luís Botelho, considerando que “os Açores são um caso de estudo em muitas áreas, como por exemplo em termos de participação e cidadania”.

“Fiquei muito agradado por ter estado na Apresentação deste livro e por ter aprendido mais. Tudo o que é feito em prol da Associação de Futebol da Horta é feito em prol do Faial”.




“Depois de termos estado no Corvo e nas Flores precisamente com a missão de dar a conhecer este livro, sentimos, tanto lá como cá, a importância de dar visibilidade a quem tudo faz sem nada esperar em troca. Tal como referiu o Sr. Presidente da Câmara Municipal do Corvo na Sessão da passada sexta-feira [dia 21], mesmo que um livro acabe numa estante a ganhar pó, continua a ser a melhor forma de preservarmos a nossa história, com a certeza de que está ali pronto a ser consultado.

Nunca tive dúvidas sobre a importância deste trabalho, pelo que tenho de assinalar publicamente que em boa hora a Direcção da Associação de Futebol da Horta, na pessoa do seu Presidente Eduardo Pereira, decidiu dar visibilidade a estes homens e mulheres que merecem toda a nossa consideração pelo que fazem e da forma como o fazem.

Ao ser agora compilado em livro – depois de veiculado nas redes sociais – este trabalho assume a forma de reconhecimento público a todas estas “CARAS”, constituindo, simultaneamente, um vector de divulgação da acção levada a cabo pela AFH em quatro diferentes parcelas do nosso Arquipélago. Esta Associação é a única do País cuja jurisprudência se encontra tão dispersa geograficamente, o que é sinónimo de grandes desafios, de trabalho acrescido e de permanente preocupação na missão que lhe está confiada, dentro da qual assume especial importância a Formação.

Tal como as quatro ilhas da Associação de Futebol Horta têm todas o mesmo peso, independentemente da sua dimensão ou localização, também dentro desta grande “Família”, todos os Colaboradores, directos ou indirectos, remunerados ou voluntários, todos, sem excepção, têm uma função determinante na construção daquilo que é a missão da AFH. Portanto, quanto mais bem sucedidos forem os nossos projectos maior será a visibilidade e o desempenho da AFH. Temos de rematar todos para o mesmo lado, dignificando a instituição pela qual damos a cara e que com um passado honroso conta já mais de 90 anos de história e estórias.

A divulgação em livro de todas estas “CARAS” é um claro exemplo da consideração e apreço que o “capitão” da equipa da AFH tem por todos os seus Colaboradores. Ao analisarmos o empreendedorismo do Presidente Eduardo Pereira percebemos que a ele se pode aplicar aquela máxima de que “quem não vive para servir não serve para viver”.

 

Obrigada pela vossa atenção.

 

Flamengos, 28 de Maio de 2021”

 

Cristina Silveira,

Co-Autora e Coordenadora do livro”