Fayal Sport, Flamengos, Sporting, Cedrense, Madalena e Operário, foram Clubes que Luís Carlos Gaspar da Rosa (ou “Rosinha”, como é mais conhecido no mundo do Futebol) representou ao longo de cerca de três décadas, tendo militado na Série Açores e na 2ª Divisão. Fez, ainda, várias experiências em Clubes de nomeada como Estoril, Salgueiros e Sporting Clube de Portugal, tendo realizado jogos/treino ao lado de nomes consagrados do Futebol Português como Figo, Peixe, Porfírio, Andrade, Poejo, Cadete, Litos, Oceano, Douglas, Damas e tantos outros.

Com talento quanto baste para ter levado mais adiante uma carreira dedicada ao “desporto-rei”, este faialense não se identificou com algumas práticas recorrentes nos bastidores futebolísticos, pelo que preferiu voltar ao amadorismo, mas de consciência tranquila.

Depois de ter brilhado nos relvados enquanto Jogador de Futebol (embora também tenha praticado Futsal com bons resultados), viveu a fase de Treinador, e, actualmente, concretiza o sonho de presidir (pelo segundo mandato consecutivo) aos destinos do seu Clube de eleição: o Fayal Sport Club, sendo vasto o leque de projectos delineados com o intuito de dinamizar o decano dos Clubes Açorianos.

Cristina Silveira

Aumentar o número de atletas é uma das metas a que se propõe o Fayal Sport Club, que, na época passada, atingiu os 400.

De acordo com Luís Carlos Gaspar da Rosa (“Rosinha”), Presidente da Direcção da mais antiga colectividade desportiva dos Açores (fundada a 02 de Fevereiro de 1909), tendo sido a quinta a surgir em Portugal, “os pequeninos são mais fáceis de recrutar do que os maiores”.

“(…) não queremos que os Clubes funcionem como ATL’s (…)”

Neste desiderato de crescimento, além do Futebol, o Clube ds Alagoa conta com Voleibol (Masculinos e Femininos desde há duas épocas consecutivas) e com Basquetebol (Masculinos desde a época passada, já que anteriormente havia Femininos). “É intenção deste elenco directivo reactivar modalidades que funcionaram no passado – com destacadas prestações e títulos conquistados – pois, mesmo tratando-se de Desporto amador, o importante é praticar. Mas não se tem revelado nada fácil a angariação de novos atletas, atendendo a que hoje em dia as solicitações são inúmeras, o que divide bastante os miúdos”, salienta este Dirigente, que assinala: “Apostámos em ir às Escolas com o objectivo de cativá-los desde tenra idade, mas não queremos que os Clubes funcionem como centros de Actividades de Tempos Livres (ATL’s). Queremos, sim, mostrar que se trabalha cada vez mais cedo e melhor nos Clubes. E a Formação tem um papel de base importantíssimo, já que tentamos ensinar, educar e só depois competir. Não pretendemos só resultados, mas incentivá-los a praticar Desporto, criando espírito de grupo, camaradagem, solidariedade…

É frustrante educarmos, formarmos, competirmos e quando atingem o auge não podermos contar com eles, (…)

Nesta temporada, tal como na anterior, não temos escalão de Juniores de Futebol, pois todos sabemos que, se os atletas forem bons estudantes, chegados a esta idade saem da ilha para prosseguir estudos no Continente português. Só ficam cá os que se esforçaram menos. E depois, são poucos os que regressam. É frustrante educarmos, formarmos, competirmos e quando atingem o auge não podermos contar com eles, ficando o talento no Continente.

Para contrariar esta realidade, já propus, mais do que uma vez, junto das forças vivas da Ilha e da Região, que o Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) e a Escola dos Mar dos Açores (EMA), sedeados na Horta, funcionassem como alternativas em termos de estudos superiores, desenvolvendo cursos e estágios que permitissem a manutenção dos jogadores na ilha. Até as Escolas Profissionais poderiam oferecer algumas saídas. Mas como pouco ou nada tem sido feito neste sentido, continuamos a assistir a uma sangria do nosso melhor capital desportivo. Nestes moldes, a nossa missão não se afigura nada fácil.

Equipa Sénior do FSC, vencedora do Campeonato e da Taça AFH, na Época de 2018/2019

Uma temporada não permite que o atleta crie raízes e amor ao Clube

Presentemente, temos cinco Clubes (com Futebol) no activo no Faial: Fayal Sport Club, Angústias Atlético Clube, Grupo Desportivo Cedrense, Futebol Clube dos Flamengos e Clube Recreio Fraternidade. Mas apenas dois – num universo de 15 mil habitantes – é que desenvolvem, com uma dimensão aceitável, actividade em todos os escalões de Formação. No FSC, é algo que vem sendo feito desde há anos. Estamos a realizar trabalho de fundo para evitar chegar ao fim do percurso sempre com o mesmo problema: falta de atletas, embora saibamos que não vamos poder usar 50% daqueles que formámos.

No meu tempo (atleta jovem), ficávamos vinculados ao Clube pelo período de cinco anos, o que nos permitia criar raízes e “amor” à colectividade que defendíamos. Claro que hoje em dia isso não pode acontecer durante uma única temporada. Os Clubes “roubam” atletas uns aos outros; outros pagam mensalidades (Seniores), etc, etc. E, também sabemos, que na Escola uns miúdos influenciam os outros na hora de optar por um determinado Clube, matéria em que os pais têm grande (ou total) poder de decisão. Naturalmente, que todos estes factores conjugados são determinantes para o número de inscritos.

Luís Carlos Rosa: “Ser Presidente, exige acompanhamento das situações no dia-a-dia e dar condições a quem trabalha e usufrui dessas mesmas instituições”

Os pais dos atletas do FSC são interessados e participativos

O Fayal Sport Club conta com atletas de freguesias rurais, o que implica dar a volta à ilha no sentido de assegurar transporte para os mesmos, principalmente a quem tem mais dificuldades, mas, também, há muitos pais que vêm garantindo este serviço, além de acompanharem o treino dos filhos, o que muito nos ajuda e apraz. Os pais dos atletas do FSC são interessados e participativos. E isto é salutar para o Desporto e para o rendimentos dos jogadores”.

Carrinha nova e Electrificação do Estádio

“É evidente que a questão do transporte é sinónimo de um grande desgaste permanente, pelo que precisamos de mais uma carrinha. Aquela que temos, foi adquirida com apoio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Direcção Regional do Desporto (DRD) .

No que toca à Electrificação do Estádio, temos tudo aprovado para que o mesmo fique, ainda este ano, certificado para jogar à noite. Estamos a falar de um orçamento na ordem dos 40 mil euros, suportados pelo próprio Clube, Associação de Futebol da Horta (AFH), Câmara Municipal da Horta (CMH), Direcção Regional do Desporto e FPF, mediante a realização de uma candidatura”.

1998 - Selecção dos Açores de Seniores: Fase do jogo disputado com o Boavista, no Estádio de São Miguel. Em destaque, “Rosinha”, marcador do golo dos Açorianos; e Mário Silva, do Boavista, que agora é o treinador do Santa Clara

Novo Pavilhão

“Quanto ao Pavilhão, a obra mais badalada no universo “Verde”, será construído de raiz. O actual encontra-se interditado desde 2014, após parecer emitido pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC). Além da falta de manutenção, a verdade é que esta estrutura foi mal construída de raiz e não está adquada às exigências actuais de engenharia civil, sendo os pilares estruturais compostos, em alguns casos, por três materiais diferentes.

O Pavilhão do FSC foi o edifício número um da Protecção Civil no Faial durante o seu período de vida e voltará a ser, na medida em que é utilizado por este Serviço em caso de catástrofe natural. Aliás, é por causa disso que o Governo Regional dos Açores se comprometeu a financiar esta obra, faltando agora o seu orçamento. O Pedido de Informação Prévia (PIP) dará entrada na Câmara Municipal da Horta brevemente, pelo que o processo está bem encaminhado.

Com as actuais exigências, o novo edifício contará com elevador, wc para cadeirantes, (no total, serão quatro casas de banho), balneários (para atletas e árbitros), posto médico, escritório e camaratas (para o Clube e também para servir a comunidade).

A actual Direcção tem a ambição de arrancar com esta empreitada e não vou negar que gostava de ser Presidente aquando da inauguração de uma obra com esta envergadura.

É pretensão da actual equipa directiva ir à América expôr as suas ideias e mostrar a importância que o Pavilhão tem para o Clube e para a Ilha. O arquitecto irá connosco, atendendo a que é imprescindível haver uma explicação técnica. Temos um bom suporte nos EUA, uma vez que angariámos muitos Sócios tanto lá como no Canadá. É uma comunidade do FSC muito activa!

Também temos a ambição de reconstruir as (duas) antigas Casas do Peão, com o objectivo de transformá-las num Centro de Estágio para as modalidades que estejam nos nacionais e careçam de um espaço desta natureza. De realçar, que actualmente o Basquetebol do Fayal Sport encontra-se na I Divisão. Os sonhos são muitos!...”

Trabalhos de pintura das instalações representam cerca de 20 mil euros

“São poucos os Clubes com património como o Fayal Sport Club, o que obriga a um enorme investimento só para manutenção. A título de exemplo, posso revelar que estamos em trabalhos de pintura e impermeabilizações (interior e exterior) das instalações (balneários, bancadas, sede, muros, etc) e já investimos perto de 20 mil euros! E isto é apenas, como se diz em linguagem corrente, “tapar o sol com a peneira”. Provavelmente, daqui a algum tempo (pouco) será necessário remodelar a bancada. As carências são muitas num Clube com esta dimensão patrimonial”. 

Equipa de Seniores do Fayal Sport Club, na temporada de 2021/2022

De portas abertas à comunidade

“Temos mantido sempre as portas abertas à comunidade. A Santa Casa, a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), a Guarda Nacional Republicana (GNR), a Polícia de Segurança Pública (PSP), firmas comerciais, partidos políticos e outras entidades usavam sempre o nosso Pavilhão. Contudo, o Fayal Sport nunca pediu dinheiro ao Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) da Santa Casa da Misericórdia da Horta, à APADIF, à PSP ou à GNR pela utilização do Pavilhão e no futuro vai manter a mesma política.

Desde que estou à frente dos destinos do Clube, que somos muito procurados para realização de Festas de Natal e de Aniversário. O facto de termos o Estádio para os miúdos brincarem à vontade, é uma mais-valia. Neste sector, tenho de enaltecer a preciosa ajuda que o Clube recebe da “Onda Verde”, da edilidade e até de privados”.

Quotas em atraso ultrapassam os 20 mil euros

“Vamos pôr em marcha uma Campanha para cativar novos Sócios. Queremos fidelizar as pessoas ao Clube e fazer com que paguem a sua quota, o que representa um enorme apoio a esta “casa”. Nesse sentido, pretendemos estabelecer protocolos com gasolineiras, casas comerciais e outras, para que os nossos associados possam beneficiar de descontos.

O FSC já contou com 1.400 associados. Actualmente, são mais de 600 e destes arrisco a dizer que, possivelmente, apenas 450 são pagantes. Esta questão tem de ser bem trabalhada, pois, as quotas em atraso ultrapassam os 20 mil euros! Sabemos que encontrar um cobrador não é fácil, pelo que estamos a estudar alternativas de pagamento, que podem passar por criar uma entidade e referência para o Sócio poder fazer o pagamento através do Multibanco.

Temos diversas categorias de Sócios: Verde, paga 1 euro; Prata, 2,5 euros; Ouro 5 euros e Platina, 10 euros. Os associados que são Platina e Ouro têm acesso gratuito aos jogos,  às festas de Carnaval e outras. 

Até aqui, temos trabalhado para “olear a máquina”. Daqui para a frente, já com ela em movimento, poderemos dedicar-nos a outros projectos, e são muitos em carteira! Mas isso requer mudanças, a começar pelos Estatutos, pois as Assembleias são cada vez menos participadas”.

A Selecção dos Açores de Seniores empatou a duas bolas no jogo realizado no Estádio de São Miguel, em 1996, frente ao Belenenses, onde figurava o micaelense “Pauleta” e os faialenses Eugénio Botelho, Rui Pacheco, “Rosinha” e César Furtado

1998: Selecção dos Açores de Seniores, no jogo disputado com o Boavista, no Estádio de São Miguel. Em destaque, quatro jogadores da ilha do Faial: Paulo Fraga, Rui Pacheco, “Rosinha” e César Furtado, sendo treinador Constantino Oliveira. “Pauleta” também consta nesta Selecção, tendo o resultado final sido Açores: 1 – Boavista: 2.

O golo da Selecção Açoriana foi assinado por “Rosinha”

Estádio de São Miguel completamente lotado no jogo da  Selecção dos Açores de Seniores, disputado com o Boavista, em 1998

“Estou por gosto, mas defendo a criação do Estatuto do Dirigente”

“Há muito que digo que deve haver uma compensação para quem está à frente de instituições, seja de que natureza for, o que não tem de ser em forma de dinheiro. A reforma antecipada seria uma boa opção. Portanto, defendo a criação do Estatuto do Dirigente, um necessidade antiga e premente, que tem de passar do papel à prática.

Estou no mundo do Dirigismo porque gosto, mas começo a ficar cansado e vejo que cada vez se afigura mais difícil encontrar elementos para formar uma direcção. Porquê? Porque se perde muitas horas da nossa vida pessoal e profissional. Ser Presidente, exige acompanhamento das situações no dia-a-dia e dar condições a quem trabalha e usufrui dessas mesmas instituições. É preciso estar presente no terreno. Como tal, tem de ser uma missão aliciante. Se houver mais pessoas nos Corpos Sociais de um organismo, todos saem menos sobrecarregados. Da forma como isto caminha, corremos o sério risco de os Clubes desaparecerem. Sei que há que pense que nunca chegaremos a esse ponto, mas há instituições que já fecharam a porta por falta de liderança e quando assim é, o retorno à actividade torna-se bastante complicado.

As pessoas só vão apercerber-se do bem que as instituições fazem à sociedade quando as mesmas desaparecerem.

Foi extremamente difícil aguentar pais e atletas no decurso da pandemia. A COVID-19 veio atrasar, em dois anos, o nosso crescimento. Foi altamente negativa.

Certificação: (…) adequem as exigências aos Clubes e às situações

Na minha opinião, uma das razões que também contribui para que esta dificuldade se acentue cada vez mais, prende-se com as exigências que são feitas aos Clubes. Por exemplo: no caso do Campeonato de Futebol dos Açores (CFA), que representa a 5ª Divisão do País, as Associações exigem que os Clubes sejam certificados para que possam participar. O Fayal Sport vai pagar a uma pessoa para tratar do Processo de Certificação, atendendo à complexidade do mesmo em termos de candidatura, burocracia, etc, além do muito tempo que absorve. Há dois anos, o FSC foi Certificado como Escola de Formação de Futebol; e no ano passado não nos candidatámos a este Processo. Há Clubes que se certificam com uma, duas e três Estrelas, mas no Faial não temos capacidade para chegar às quatro Estrelas.

Entendo que o Processo de Certificação tem vantagens para o profissional e também teria para o amador, caso as exigências fossem menores. Aí, poderíamos trabalhar por objectivos. Mas no actual quadro, a Federação está a exigir o mesmo ao Benfica e ao Fayal Sport, o que não é ser realista.

Ainda posso dar outro exemplo que explica bem o que tenho vindo a referir. Os Clubes também são obrigados a ter um Gestor de Segurança em cada jogo. E caso isso não aconteça, são penalizados com a aplicação de uma coima. A lei vigente a nível nacional não pode ser a mesma nos Açores. Não podemos comparar o incomparável. Não estamos no mesmo patamar. As regras são benéficas no sentido desportivo/organizativo, mas adequem as exigências aos Clubes e às situações. Temos capacidade para subir ao CFA, mas não incentivem os Clubes a ter duas Estrelas só para poderem competir no Campeonato dos Açores, pois sei que há poucos com essa capacidade.

O Processo de Certificação é uma ferramenta útil para os Clubes, mas carece de fiscalização, pois não basta cumprir tudo no papel; as surpresas poderão ser uma realidade na vida de Clubes que se propõem ser certificados com determinado número de Estrelas e, na prática, não conseguirem lá chegar”.

Equipa do Futebol Clube dos Flamengos - Época de 2000/2001.

Atrás, da esquerda para a direita: Renato Capaz, Guarda-Redes; Roberto, Valter Nunes, Fernando Pacheco, Nelson Bettencourt, Francisco Correia, Hélio Salgado e Bruno Cunha.

À frente, pela mesma ordem: José Manuel Amaral, Gui Andrade, Rui Pacheco, Diamantino, Hermínio e “Rosinha”

Associação de Veteranos

“Não vamos investir no Futsal, por não o considerarmos uma prioridade. A nossa grande prioridade é termos todos os escalões de Formação no activo. No entanto, não escondo que também gostava que o Fayal Sport voltasse a ter Ténis (temos duas quadras a necessitar de intervenção) e Atletismo (é o único Clube do Faial com Pista). Praticar Desporto é essencial para a vida, assumindo-se como fundamental cativar os atletas desde pequenos. Não estou a referir-me a competições, mas, sim, a encarar o Desporto como sendo algo que contribui para a Saúde Pública.

O Fayal Sport conta com uma Associação de Veteranos, cuja equipa pratica Futebol de 11. Dela fazem parte antigos desportistas do Clube e alguns simpatizantes, que mantêm o gosto pelo Futebol. Também integro este grupo.

“Onda Verde”

A chamada “Onda Verde” – que há muito extravasou fronteiras, tendo chegado aos Estados Unidos – é composta por um grupo de pessoas, amigas do FSC, cujo objectivo é ajudar o Clube. A sua maior acção é a realização de eventos, com o intuito de angariar fundos. O restaurante do Fayal, que funcionou na Semana do Mar deste ano, foi uma iniciativa da actual Direcção. Posso afiançar que o resultado líquido representa uma grande ajuda para as finanças do Fayal Sport.

Também são organizados outros eventos anualmente, como a Festa de Aniversário, que é sinónimo de despesa, mas tem um cunho muito importante para a “Família Verde” e, como tal, deve ser mantida; almoços cuja ementa são as nossas Sopas do Espírito Santo; Festas de Carnaval, com Bailes, Matiné e outras diversões.

Na temporada de 2021/2022, uma vez mais realizámos o “Alagoa Cup”, um Torneio de Futebol, que se saldou por um enorme sucesso”.

Gerir bem os dinheiros dos apoios

“Paralelamente ao trabalho que desenvolvemos no sentido de termos receitas, também somos apoiados pela Junta de Freguesia da Conceição, Governo Regional através da Direcção Regional do Desporto, Associação de Futebol da Horta e Autarquia. Muitas casas comerciais nos apoiam com artigos desportivos. Apesar disso, criticamos quando entendemos que o devemos fazer, mas entendo que os Clubes não podem queixar-se das diferentes entidades.

Os Contratos-Programa estabelecidos com a Câmara Municipal representam muito dinheiro dado às diversas entidades do Faial (desportivas, recreativas, culturais, religiosas, etc), pelo que considero que deve haver uma rigorosa e consciente aplicação dessas verbas.

O endividamento é algo que também está relacionado com a gestão que é feita no seio de cada instituição. No caso dos Clubes, há quem queira ganhar a toda a força. E a solução é pagar para ser campeão. Não se pode contrair dívidas por capricho. Se só podemos dispôr de uma viatura, não vamos comprar uma segunda. Os Dirigentes devem ser responsáveis e só gastar dentro do seu orçamento.

As pessoas em geral até colaboram, mas deviam ser mais participativas e envolver-se mais”.

Associação apoia os Clubes

“A Associação de Futebol da Horta tem cumprido a sua função e o apoio dado vem sob variadas formas: equipamento (bolas, redes e outro), isenção de inscrições, promoção de diferentes momentos de Formação, destinados a Treinadores, Árbitros, Dirigentes e não só.

Sei que o Futebol Feminino é uma preocupação da AFH, que tem vindo a trabalhar nesse sector, dispondo mesmo do Centro de Treinos Femininos “FIFA Academy”. O Fayal Sport orgulha-se de ter equipas mistas nos escalões de Formação e tanto no Basquetebol como no Voleibol as meninas também estão lá.

Para reforçar o flanco feminino, julgo que poderia haver um trabalho mais estreito entre os Clubes e a Associação, com a realização de eventos aos sábados de manhã. Incentivo sempre os treinadores a fazerem captação de elementos femininos nas Escolas.

Apesar dos esforços envidados, a Arbitragem continua a ser uma área desfalcada, tudo porque é muito difícil ser árbitro. Ninguém quer sujeitar-se a ouvir injúrias. Penso que é imperioso chegarmos à situação de um árbitro ir à bancada identificar os adeptos  para acabarmos com a falta de respeito que se verifica. Não há uma cultura desportiva. Falta-nos muito ‘fairplay’”.

“Consumia Futebol desde os oito anos”

Foi na Travessa do Carmo e na Torre do Relógio – na rua, portanto – que Luís Carlos Gaspar da Rosa, um Homem do Futebol com provas dadas, começou a jogar à bola.

1985: Selecção Açores Sub-13, onde pontificam três jogadores da Ilha do Faial.

Em 1º plano, da esquerda para a direita: Paulo Vieira (3º) e “Rosinha” (7º).

Em 2º plano, pela mesma ordem, o 2º é João Goulart

“Consumi Futebol desde os oito anos e isso manteve-se até aos 43. Como o meu irmão Orlando (mais velho) já jogava, influenciou-me e, aos dez anos, o Paulo Fraga levou-me para o Fayal Sport. Comecei nas Escolinhas e lembro-me que nos equipávamos na garagem do Vítor Rosa. Tínhamos como grandes adversários os “Ratos da Doca” (Atlético).

1985: Selecção Açores Sub-11, com três jogadores faialenses.

Em 1º plano, da esquerda para a direita, temos “Rosinha” (3º) e, em 2º plano, pela mesma ordem, João Goulart (2º) e Paulo Vieira (7º)

Foi no Clube da Alagoa que ingressei nos Infantis, saltei os Iniciados e passei directamente para os Juvenis, onde estive quatro/cinco épocas. Era habilidoso e recordo, com orgulho, o facto de termos sido Campeões Açorianos de Juniores. Sendo uma geração muito forte, a nossa equipa era muitíssimo temida nos Açores.

1991: Jogo de Homenagem ao antigo atleta do FSC, Mário Lino, com a equipa principal e campeã nacional do Sporting Clube de Portugal

Ano de 1991: Andrade e “Rosinha”, Capitães do Fayal e do Sporting de Portugal, respectivamente, recebem os troféus relativos ao referido jogo, tendo a equipa da “casa” perdido por 3-1

Certificado que atesta o facto de Luís Carlos Gaspar da Rosa, enquanto jogador do FSC, ter-se sagrado Campeão Regional de Juniores A da AFH, na Época de 1990/1991

Por altura do seu 98º Aniversário, o Clube da Alagoa distinguiu “Rosinha” com o Diploma de Mérito pelo feito alcançado em 1990/1991

Depois, ainda como Júnior, fui Campeão de Seniores, em 1991/1992, tinha então 18 anos. Joguei dois anos como Sénior e aí arrancou a Série Açores. Mas ainda antes disso, fiz uma perninha no Futebol Clube dos Flamengos. Já na Série Açores, vestia a camisola do Sporting da Horta, tendo como companheiro o Rui Pacheco, do Flamengos.

Época de 1995/1996 - Primeira equipa do Sporting Clube da Horta na Série Açores.

Atrás, da esquerda para a direita: Rui Oliveira, Dirigente; Marinho, Campinas, Francisco Correia, David, Valter Nunes, Álvaro, Rui Pinheiro, Carlos Lopes (“Feijó”), Guarda-Redes; José Manuel, Massagista; e João Flores, Treinador.

À frente, pela mesma ordem: Eduviges Oliveira, Guarda-Redes; Fernando Medeiros (“Velhinho”), Jorge Silva (Jorginho), “Rosinha”, João Inácio, Rui Pacheco, César Furtado e Luís Paulo Pacheco

Tremi, mas adaptei-me!

Entretanto, recebi convites do Continente, para ir à experiência. Aos 16 anos, no Sporting Clube  de Portugal, treinei com Luís Figo (Bota de Ouro), Emílio Peixe, Porfírio, Poejo, Andrade (Capitão de equipa) e outros.

Vai um miúdo de 16 anos, dos Açores, sem experiência, que só jogava em pelados, e apanha pela frente Cadete, Damas, Figo e outras estrelas do Futebol Português, não foi fácil. Tremi, mas adaptei-me! Vivia com eles e consegui aguentar-me ao seu lado durante 23 dias. Era uma super-equipa! Vesti a camisola em dois jogos-treino e, a seguir, fui dispensado. Eram e são realidades completamente diferentes. Nessa altura, estes jogadores já eram acompanhados por médicos, fisioterapeutas e toda uma vasta equipa de profissionais técnicos.

Ser profissional é um percurso de solidão, que te confere um grau de experiência enorme! No Faial, e mesmo nos Açores, não estamos preparados para esse nível de exigência. Basta dizer que quando queremos aumentar a carga semanal de três para quatro treinos, já temos de enfrentar barreiras.

No regresso, representei o Operário, de São Miguel, onde fiquei durante três anos, e ganhei a Série Açores. Joguei contra internacionais do Futebol Clube do Porto. Já tinha defrontado o Operário quando representava o Sporting Clube da Horta e fui muito bem acolhido neste Clube micaelense. Entretanto, o Operário acabou com os Açorianos. Apenas Luís Soares se manteve e tentou profissionalizar-se, mas os empresários do Futebol é que mandavam no Desporto em Portugal. Foi aqui que conheci o melhor e o pior deste mundo.

Temporada de 1995/1996 - Equipa do Sporting Clube da Horta.

Atrás, da esquerda para a direita: Vítor Abreu, Valter Nunes, Campinas, César Furtado, Paulino Silva e Carlos Lopes (“Feijó”), Guarda-Redes.

À frente, pela mesma ordem: Luís Paulo Pacheco, Rui Pacheco, Jorge Silva (“Jorginho”), “Rosinha” e Francisco Correia

Nunca tive qualquer empresário a gerir a minha carreira de Jogador de Futebol

Quando atingi a 2ª Divisão, fiquei a um passo de chegar ao Santa Clara, onde havia exigências no sentido de contar com jogadores dos Açores. Recordo-me que o Clayton estava lá e depois foi para o Porto.

Nunca tive qualquer empresário a gerir a minha carreira de Jogador de Futebol. Essa não era a minha realidade. Ganhava muito bem nessa altura! Só para termos uma ideia, o ordenado mínimo era de 48 contos e eu já recebia 200, além de ter direito a apartamento, refeições, passagens aéreas, etc. Com cinco meses de vencimento em atraso (três deles nunca recebidos) comecei a perceber que não queria continuar ali e o desgaste foi ao ponto de regressar à Série Açores, o que representou descer um patamar.

Deixei de ser o jogador que havia sido na 2ª Divisão e fui bastante criticado (…)

Equipa do Futebol Clube dos Flamengos na temporada de 2003/2004.

Atrás, da esquerda para a direita: Tucho, Guarda-Redes; Rui Castro, Sandro, Nelson Bettencourt, José Manuel Amaral e Fernando Pacheco.

À frente, pela mesma ordem: Ricardo, Bruno Peixoto, Diamantino, Hermínio e “Rosinha”

Ingressei no Flamengos e voltei ao meu emprego. Mas esta descida influenciou-me negativamente ao ponto de não ter conseguido ser uma mais-valia. Contudo, assegurámos a manutenção. Não me correu bem. Deixei de ser o jogador que havia sido na 2ª Divisão e fui bastante criticado, o que não foi fácil de suportar. Várias vezes consegui ser o melhor em campo, mas a fasquia estava muito elevada. No Futebol, somos 11, mas nem sempre há essa visão de conjunto.

A minha vontade era demonstrar o que tinha aprendido, pois, por onde tinha passado o nível era outro. No Faial, praticava-se um Futebol muito arriscado, com menos qualidade.

Quem estava acostumado a entrar num campo com sete e oito mil pessoas e jogadores da 2ª Divisão, era totalmente diferente do que estar com jogadores da Série Açores. A verdade é que com este meu regresso parece que desaprendi. Jogadores como Rui Pacheco, Hermínio e Luís Paulo Pacheco foram muito mais preponderantes do que eu, apesar de terem vindo de um Regional.

A seguir, militei mais dois anos na Série Açores, ao serviço do Fayal Sport e do Madalena. Tive azar no Futebol Clube da Madalena, pois as aquisições eram fraquinhas, demonstrando que a minha prestação já tinha sido bastante melhor.

Voltei ao Flamengos e aí correu melhor. No Regional, as aspirações eram menores.

Aos 43 anos, fui dar uma ajuda ao Cedrense.

Jogador de Futsal e Treinador

Também pratiquei Futsal, representando o Fayal e o Flamengos, na Série Açores.

Mal cheguei ao Faial vindo do Operário, fiz o Curso de Treinador, em 2001/2002.  

O meu sonho passou sempre por ser Jogador, Treinador e Presidente.

Enquanto Jogador, marcou-me muito ter sido Campeão de Juniores e Juvenis da Associação de Futebol da Horta, bem como ter-me sagrado Campeão dos Açores em Juniores, sempre envergando a camisola do FSC.

Na vertente de Treinador, foi memorável a minha equipa ter sido Campeã da Associação de Futebol da Horta e ingressado no Campeonato de Futebol dos Açores.

O Futebol continua a ser uma realidade na minha vida, pois jogo como Veterano e o facto de ter sido Treinador também me permitiu continuar ligado a este meio. A minha vida foi e continua a ser muito dedicada ao Futebol”.

Temporada de 1995/1996 - Equipa do SCH.

Atrás da esquerda para a direita: “Rosinha”, Cândido, Valter Nunes, Campinas, César Furtado e Carlos Lopes, Guarda-Redes.

À frente, pela mesma ordem: João Inácio, Fernando Medeiros, Abílio, Rui Pacheco e Luís Paulo Pacheco

“(…) está a ser muito gratificante (…)”

No fim de Janeiro de 2020, “Rosinha” candidatou-se a Presidente da Direcção do “seu” Clube, tendo sido eleito para um mandato de dois anos. Concretizava-se, assim, o terceiro sonho deste “filho Verde”: liderar o Clube da Alagoa.

Mas o sonho vinha revestido de embates, que passaram por pagar as dívidas do Clube ao Fisco e a fornecedores, recuperar a credibilidade no meio e readquirir o Estatuto de Instituição de Utilidade Pública (IUP), que tinha sido perdido precisamente por causa da dívida. Actualmente, com as finanças equilibradas, o FSC até já dispõe de capital para satisfazer velhas aspirações.

Volvidos dois anos, foi novamente tempo de ir a eleições, as quais decorreram este mês de Outubro. A recandidatura manteve Luís Carlos Rosa na cadeira de Presidente, mas com uma equipa reformulada. “Conto com gente competente nesta nova Direcção, o que me dá alento para mais dois anos de mandato. Trata-se de um elenco com mais qualidade e elementos do que o anterior. O Clube vive dos altetas. É para eles que trabalhamos todos os dias, mas há quem prefira criticar primeiro e informar-se depois.   

O cargo de Presidente está a ser muito gratificante e a enriquecer-me bastante como pessoa. Sinto orgulho em mim, na minha equipa e em todos os que colaboram. Conseguimos cativar mais atletas, treinadores (temos dezenas de treinadores) e amigos. Estamos a aumentar o número de praticantes.

2019 - Equipa de Veteranos do FSC.

Atrás, da esquerda para a direita: Nelson Almeida, Mário Jorge Silveira, Vítor Ramalho, Paulo Baptista, Andy Rodrigues, Mauro Cameirão e Correia.

À frente, pela mesma ordem: Lúcio Rodrigues, Roberto, “Rosinha”, Luis Morais, Litos e Tomás Duarte

Alimento a grande ambição de ser um Presidente Campeão (…)

Todos estes aspectos representam desafios, mas a verdade é que estamos a alcançar os objectivos traçados. A Electrificação do Campo e o arranque do Pavilhão encontram-se atrasados, mas por causa da pandemia. Naturalmente, que o Pavilhão faz muita falta para trazermos as modalidades para “casa” e desafogar os pavilhões do Estádio.

Alimento a grande ambição de ser um Presidente Campeão e os Seniores vão lutar pelo título.

Nos escalões de Formação, em termos competitivos estamos mais próximos do Flamengos, Clube onde prevalece uma grande união, registando-se a ajuda de muitos voluntários.

Neste sector, queremos que a captação aconteça cada vez mais cedo, para que aos quatro anos possamos ter miúdos equipados por forma a poderem familiarizar-se com o Clube.

É verdade que o facto de possuirmos um património enorme é motivo de preocupação para este elenco directivo, mas aos poucos temos conseguido encontrar soluções. Um Clube com esta dimensão, carece de uma organização grande. Como tal, falta gente para ajudar a manter esta estrutura monstruosa. Os voluntários não podem assegurar o trabalho em todas as frentes, pelo que contamos com um funcionário na cozinha. No entanto, posso adiantar que vamos passar a ter três, sendo um para o Bar e um para a área desportiva, com muita dedicação ao Processo de Certificação.

A sede necessita de melhoramentos. Já fizemos uma nova sala de refeições, com a preciosa ajuda da “Onda Verde”, onde são servidos ‘snack’s’ e petiscos, mas gostava de aumentar a nossa oferta, para termos almoços e jantares”.

Equipa de Seniores do Fayal Sport Club, na temporada de 2006/2007.

Atrás, da esquerda para a direita: Renato Capaz, Guarda-Redes; Marco Anselmo, Paulo Fraga, Henrique, Fernando Pacheco e Jorge Silveira.

À frente, pela mesma ordem: “Rosinha”, Hermínio, Orlando Pedreira, Jorge Rosa  e João Pinhal

Currículo Desportivo

Como Jogador de Futebol de 11, “Rosinha” esteve no activo durante 25 anos,  dos quais 15 no Fayal Sport, três nos Flamengos, dois no Sporting da Horta, três no Operário, um no Madalena e um no Cedrense.

Ao longo deste 25 anos, teve nove participações na Série Açores e duas na 2ª Divisão Nacional, tendo sido Campeão da Associação de Futebol da Horta por seis vezes; Campeão Açoriano de Juniores e vencedor de uma Série Açores.

Participou nas Selecções de Ilha Sub-14 e Selecção Açores Sub-13, Sub-15 e de Seniores por duas vezes.

Como Jogador de Futsal, praticou durante seis anos, tendo vencido um Campeonato da AFH e participado em quatro Série Açores da modalidade. Foi, ainda, Vice-Campeão Nacional de Futsal do Centro de Desporto, Cultura e Recreio (CDCR) do pessoal dos CTT.

Enquanto Treinador, participou, durante dez épocas, nos escalões de Petizes; uma nos  Traquinas; uma nos Infantis; uma nos Iniciados e seis nos Seniores; tendo feito um Campeonato da AFH e sido Vice-Campeão Açoriano de Iniciados e Campeão da AFH de Seniores.

Militou, ainda, durante duas épocas, no Campeonato de Futebol dos Açores.

Clube Operário Desportivo, Vencedor da Série Açores na temporada de 1997/1998.

Atrás, da esquerda para a direita: Mariano Raposo, Treinador; Augusto, Ricardo Cordeiro, Vítor Simas, João Mota, Emanuel Simão, Quental, Luís Soares, Mário Gomes, Carlos Teixeira, Emílio, Guarda-Redes; João Manuel, Director; e José Alfredo, Adjunto.

À frente, pela mesma ordem: Rui Ferreira, Gil, Pedro Santos, “Rosinha”, Hildeberto, Kubala; e Liberal, Massagista

Memórias sobre um craque

Secção de “Desporto” do Jornal “Telégrafo”, edição de 15 e 16 de Julho de 1995, p. 8

Jornal “Telégrafo”, edição de 05 de Março de 1996, p. 4

Secção de “Desporto” do Jornal “Telégrafo”, edição de 15 de Maio de 1996, p. 7

Jornal “Telégrafo”, edição de 12 de Julho de 1996, p. 4

Suplemento de Desporto do Jornal  “Telégrafo”, edição de 23 de Setembro de 1997, p. 1

Secção de “Desporto” do Jornal “Telégrafo”, edição de 20 de Janeiro de 1998, p. 5

Secção de “Desporto” do Jornal “Telégrafo”, edição de 25 de Maio de 1998, p. 5

“Desportivo”, Suplemento do Jornal “Açoriano Oriental”, edição de 20 de Setembro de 1999, p. 5

“Desportivo”, Suplemento do Jornal “Açoriano Oriental”, edição de 14 de Fevereiro de 2000, p. 4

“Desportivo”, Suplemento do Jornal “Açoriano Oriental”, edição de 21 de Maio de 2000, p. 2

“Desportivo”, Suplemento do Jornal “Açoriano Oriental”, edição de 30 de Outubro de 2000, p. 7

Secção “Correio Desportivo” do Jornal “Correio da Horta”, edição de 14 de Setembro de 2001, p. 5

Secção de “Desporto” do Jornal “Telégrafo”, edição de 22 de Julho de 2002, p. 7

Secção de “Desporto” do Jornal “Correio da Horta”, edição de 25 de Julho de 2002, p. 5

Secção “Bancada Central” do Jornal “Correio dos Açores”, edição de 09 de Agosto de 2002, p. 4

Jornal “Ilha Maior”, edição de 23 de Agosto de 2002, p. 7

Secção “Correio Desportivo” do Jornal “Correio da Horta”, edição de 05 de Setembro de 2002, p. 6

Secção de “Desporto” do Jornal “Correio da Horta”, edição de 24 de Setembro de 2002, p. 6