“O Desporto também é Cultura e estamos num espaço merecedor de receber eventos culturais”. Foi assim que Eduardo Pereira, Presidente da Direcção da Associação de Futebol da Horta (AFH), deu o pontapé de saída na última ronda de sessões destinadas a dar a conhecer o livro “CARAS” AFH”, e que na ilha do Pico aconteceu na noite deste sábado, dia 29, no Auditório do Museu dos Baleeiros nas Lajes, terra do professor Emanuel Melo, que é precisamente uma destas “CARAS”.




Eduardo Pereira discorreu sobre os projectos previstos – infraestruturas, livros, Gala AFHorta, etc., – sustentando que “é importante destacar o trabalho de sacrifício que os nossos Clubes têm feito”. E para atenuar o problema cada vez mais sentido que constitui a falta de Dirigentes, ressalvou ser “fundamental acarinhar todos aqueles que dão de si e do seu tempo à causa desportiva”. 

Este Dirigente aproveitou esta oportunidade para reiterar, enquanto Presidente da AFH, o seu agradecimento não só aos associados desta instituição, mas, igualmente aos Municípios do Pico. E em maré de agradecimentos focou o apoio dado pelo Museu dos Baleeiros na organização da Sessão e de forma muito particular ao Director desta “casa”, Manuel Francisco Costa, que “amavelmente” acedeu ao pedido de animar este serão. Como tal, musicou um poema de Pedro Homem de Melo, finalizando com “Os Nove Amores”, um tema que Paulo de Carvalho fez para Cátia Guerreiro.



Manuel Francisco Costa: “O colectivo é importante para o individual e este livro pessoaliza o trabalho de várias “CARAS” (…)”

 

Convidado a dizer umas palavras, Manuel Francisco Costa confessou abertamente que “nunca” teve jeito para o Desporto. E acrescentou: “Mas reconheço o mérito que ele tem na vida das pessoas e como pode ser uma força transformadora e profunda. As civilizações clássicas estudaram o impacto do Desporto que é também Cultura. Sinto-me feliz e orgulhoso por este livro ter sido lançado aqui, ainda mais porque o Eduardo está numa “casa” que também é sua.

O colectivo é importante para o individual e este livro pessoaliza o trabalho de várias “CARAS”, o que assume especial relevância no reconhecimento daquilo que cada um faz e na medida em que contribui para o sucesso deste organismo desportivo”.

Para rematar em glória, o cicerone fez questão de brindar os presentes com um verdelho ou não estivessemos nós na terra do néctar que esteve à mesa dos czares.

Isabel Nunes, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal das Lajes do Pico, notou que a pessoa certa para estar neste evento era o Presidente Roberto Silva, tendo em conta o palmarés deste autarca.



 

Para Isabel Nunes, “Desporto e Cultura estão de braço dado”, lembrando que “as câmaras municipais têm um trabalho comum ao da AFH e que passa pela formação de cidadãos”.

A Vereadora da Cultura da autarquia das Lajes vincou o papel dos municípios no desenvolvimento das comunidades e “considerando que a acção se desenvolve por influência das massas, este livro assume especial relevância para dar rosto àqueles que fazem com que a história avance”.

 

Este livro “denota bem o reconhecimento e o respeito desta Associação de Futebol pelos seus colaboradores e parceiros (…)”


 

O professor José Manuel Caldeira foi o Apresentor deste livro no Corvo, Flores, Faial e Pico, sendo, ainda, o autor do Prefácio

         

“(…).

Esta vinda ao Pico para lançar o livro “CARAS” AFH”, completando o périplo por todas as quatro ilhas de jurisdição da AFH, denota bem o reconhecimento e o respeito desta Associação de Futebol pelos seus colaboradores e parceiros e assim a Ilha montanha nunca poderia ficar para trás, porque existem aqui colaboradores, aliás de primeira água e que estão neste livro. O professor Emanuel Melo, em função das suas altas qualificações e constantes atualizações, tem dado um contributo indelével, não só como treinador, mas acima de tudo como Formador. É na qualidade de professor/formador que na sua entrevista deixa um alerta aos pais: “Aproveito esta oportunidade para fazer uma chamada de atenção pública aos pais para que, em consonância com os filhos, consigam gerir o tempo e os horários por forma a que aja maior rigor nos compromissos assumidos”.


 

Outras das “CARAS” desta obra é o professor Emanuel Melo (o segundo na terceira fila debaixo para cima)

 

Por outro lado, o Dr. José Silva [o primeiro na segunda fila, da esquerda para a direita] tornou-se ao longo do tempo aquela ponte desportiva e, às vezes, administrativa que liga o Faial ao Pico. O facto de ser licenciado em Gestão do Desporto e de trabalhar no Serviço de Desporto da Ilha do Pico, fá-lo ser uma voz com muito peso na direção da Associação. José Silva olha para o futebol associativo no seu todo: “Sei que nem todos reconhecem e alguns nem percebem bem o que é trabalhar com quatro ilhas tão distantes como no caso das Flores e do Corvo. É algo muito difícil, que exige uma grande imparcialidade e simultaneamente uma visão de conjunto”.

(…).



A eterna glória do Futebol no concelho das Lajes e na ilha do Pico, Osvaldo Inácio, juntou-se à festa

 

Foi um gosto e uma honra estar na vila de Leonildo Machado, Urbano Quaresma, Francisco José, Osvaldo Inácio (aqui presente), José Manuel Medina e tantos outros…

Bem hajam!

 

Lajes do Pico, 29 de maio de 2021”

 

José Manuel Caldeira,

Apresentador e prefaciador do livro “CARAS” AFH


Este projecto é um contributo para o acto de fazer de história, (…)”



O Vereador do Desporto da Câmara Municipal de São Roque do Pico, professor Gui Goulart, deteve-se nas páginas dedicadas àqueles que estão mais perto de si


“Estar no Pico é estar em casa. É, portanto, entre amigos que termina este périplo de Apresentações do livro “CARAS” AFH depois de termos estado no Corvo, nas Flores e ontem [dia 28] no Faial. Começámos intencionalmente pelo Corvo, que sendo a mais pequena das quatro ilhas de implantação da Associação de Futebol da Horta tem o mesmo peso e importância para este organismo. Aliás, a decisão da Associação de Futebol da Horta de levar a todas as suas ilhas de jurisdição esta Sessão é bem demonstrativa de que não há filhos nem enteados. Todas estas quatro ilhas são igualmente importantes e determinantes nesta missão conjunta de fazer do Desporto uma Escola de Valores, formando atletas e cidadãos activos e comprometidos.

Da esquerda para a direita: Manuel Francisco Costa, Director do Museu dos Baleeiros das Lajes do Pico, o mais visitado dos Açores; professor José Manuel Caldeira, Apresentador da obra; Isabel Nunes, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal das Lajes do Pico; que presidiu e encerrou a Sessão; Eduardo Pereira, Presidente da Direcção da AFH, que abriu a Sessão; e Cristina Silveira, co-Autora e Coordenadora do livro

Ao darmos a conhecer estas “CARAS” também estamos a reconhecer publicamente o trabalho de toda esta gente e a dar visibilidade à nobre missão da AFH, que passa por um desiderato crucial: a Formação.

E o que move esta gente, ou seja, os Voluntários é a vontade de ajudar, tornando-se úteis ao bem comum, concretamente à causa desportiva.

São “carolas” como estes que fazem com que muitas instituições possam existir e funcionar.

São “carolas” como estes que dão de si, do seu tempo e bastas vezes dos seus recursos materiais, constituindo o motor de desenvolvimento das comunidades onde estão inseridos.

São “carolas” como estes que, na rectaguarda, possibilitam o trabalho da frente, no terreno, de forma visível.

São “carolas” como estes que vestem a camisola de tantas organizações e que a sociedade ignora os seus nomes, esquecendo-se do dever de gratidão que tem para com eles.

Por isso, em boa hora a Direcção da Associação de Futebol da Horta, na pessoa do seu Presidente Eduardo Pereira, decidiu dar visibilidade a estes homens e mulheres que merecem toda a nossa consideração pelo que fazem e da forma como o fazem.

Este projecto é um contributo para o acto de fazer de história, resgatando os de ontem, divulgando os de hoje e preparando os de amanhã na certeza de que só se pode amar aquilo que se conhece.

 

Obrigada pela vossa atenção.

 

Lajes do Pico, 29 de Maio de 2021”

 

Cristina Silveira,

Co-Autora e Coordenadora do livro”


A satisfação perante a exibição de Manuel Francisco Costa que todos os dias toca e canta, pelo que a música há-de ser sempre o seu “ópio”

Fotografias de: Paulo Brinca